terça-feira, 25 de março de 2008

No mundo da sapice...

Há surpresas agradáveis, todos os dias…
Há mil e quinhentos motivos novos para sorrir todos os dias…
Há todos os dias, um acordar tranquilo como um fim de dia na praia…
Há todos os dias num fim de dia na praia, um adormecer tranquilo…
Há na mão dada um pedacinho de tudo isto…
Há no abraço, o conforto neste cantinho…
Há no beijo, o encontro dos recados da mão e do abraço…
Há na canção dedicada, a certeza de que não há certezas e que, afinal, até há coincidências…
Há na canção sussurrada a tentativa de te encontrar numa letra…
Há no adormecer abraçado, um gosto imenso de acordar do mesmo jeito…
Há em tudo isto, mil e quinhentas coisas que se descobrem sem pedir… num mundo de sapices!

segunda-feira, 24 de março de 2008

Nosso sítio

Sentada nesta beira de rio, debaixo desta árvore que me protege deste final de tarde quente... Esse final de tarde que me tira a respiração, o que acontece quando chegas perto de mim...
Fico aqui a lembrar dos dias que passamos... fico aqui a imaginar os dias que virão!
Não paro de brincar com a água quieta deste rio, demasiado calmo... Agito a água quieta para que ela sinta o estado do meu coração! Ele que bate intensamente veloz quando te aproximas!
No horizante, vislumbro a tua imagem... essa imagem forte que é a tua! Essa imagem que envolve a minha, numa certeza incerta mas que me traz sempre algum conforto!
Desvio o olhar do horizonte, para que me percebas distraída e ausente... para que não me sintas, sempre ali! Mas tu sabes que eu olhava para o horizonte e para ti, não consigo deixar de o fazer... Sabes que eu estou ali, naquele pedacinho à beira rio e debaixo daquela sombra ... esperando por ti mais uma vez. E eu sei que tu sabes isso tudo e que mesmo assim, sem medo, voltarás para lá ficar... Ali, que é o nosso sítio!

terça-feira, 18 de março de 2008

Encontro do dia e da noite

Ela sempre gostou de ver a noite encontrar o dia, num encontro recheado de expectativa... Pois a noite nunca sabia como ia encontrar o dia!
O dia sempre foi muito instável, ora não sabia se ficava sol ou ficava chuva... Se estava alegre, recheado apenas por raios de sol... se estava triste, vestindo nuvens e gotas de água... se estava zangado, usando o trovão e o relâmpago... Ou aqueles momentos de indecisão, em que utilizava o vento para perceber melhor a direcção a ter.
A noite foi sempre muito mais calma... mais coerente. Ora a noite, sempre exibiu o seu azul profundo e denso... Não revelava em demasia, apenas quando estava feliz e aí exibia o seu manto com desenhos de lua e de estrelas! A noite sempre tranquila, tentava acalmar o dia que sempre foi mais turbulento e recheado de emoções e sentires.
Ela sempre gostou de ver o dia encontrar-se com a noite, pois o dia dava vida à noite... A noite que absorvia tudo aquilo que o dia sentia em demasia, sentia excessivamente! A noite absorvia o dia num abraço longo e forte, num beijo daqueles de cinema e sussurava ao seu ouvido o quanto gostava de o encontrar, todos os momentos.

sábado, 15 de março de 2008

As histórias nunca serão as mesmas

As histórias nunca serão as mesmas...
As histórias nunca serão as mesmas, ainda que escritas pela mesma autora! Autora que sente, vê, respira, pensa, ouve e sonha!
As histórias nunca serão as mesmas pois aquela autora, decerto sentirá coisas diferentes ao longo da sua caminhada de palavras e frases. Caminhada de palavras que parecem ser pensadas ao minimo detalhe, auto-estrada de frases que significam mais do que todo o conjunto de recursos estilísticos.
Essa autora que, agora, sorri para a multidão... Que encanta o mais secreto espectador, que a ouve atentamente e que fica admirado com o seu mais pequeno gesto. Aquele espectador que fica naquele cantinho da sala e absorve tudo o que a essência da autora transmite para fora...
A autora e o espectador que se cruzaram num olhar, rodeado por uma multidão curiosa! A autora que, sem saber, ia ver as suas caminhadas de palavras e auto-estradas de frases espelhadas naquele espectador... Aquele espectador discreto.
O espectador dirigiu o seu coração sem pensar àquela autora, que mesmo sem saber o que fazer o aceitou e ficou admirada pela simplicidade de tudo aquilo que os rodeia. A partir daí, a autora teve a certeza de que as histórias não seriam mais as mesmas, que teriam a maior simplicidade de todas. A simplicidade que vem da naturalidade de sentir...
As histórias nunca serão as mesmas, porque a autora sabe que viu, no meio da multidão, aquele espectador... que está sempre ali!

terça-feira, 4 de março de 2008

Sonho Idiota!

Não sejas idiota! A sério, não me faças perder mais tempo com essas histórias de faz-de-conta que não convencem nem impressionam ninguém!
Deixa de ser idiota e pára de perder tempo com esses grandes sonhos, impossíveis de concretizar!
Pára de ser idiota e deixa de estar todo o tempo a olhar para o céu! Olha para mim e diz-me o que vês, com o teu coração!
Este é o último pedido que te faço antes de sair por aquela porta. Anda olha para mim! Juro-te que se não olhares, pelo menos desta última vez, deixarei de estar ali à tua espera! Deixarei de te apoiar na queda mais alta! A sério, olha para mim! Ouve-me, apenas uma vez e deixa de sonhar!
Eu, também, sonho mas permaneço o tempo suficiente acordada para saber que a vida não é só sonhar acordada!
Deixa de ser idiota e olha pelo menos uma vez para mim! Vê que eu estive, estou e estarei aqui enquanto tu me imaginares! Apercebe-te que quero ser real e que não quero fazer parte desses teus sonhos de menino! Deixa de ser idiota e de perder o nosso tempo...
Deixa de ser idiota e apercebe-te das coisas que te rodeiam... daquilo que nos rodeia e de que eu estou mesmo ali do teu lado!