segunda-feira, 16 de junho de 2008

Cadeira de Baloiço

O dia foi longo, mas hoje sinto-me como nunca! De bem com a vida e com um sorriso na cara... Cansado, mas um sorriso!
Acho que posso considerar-me uma sortuda... Vivo na cidade que elegi no meu coração, trabalho em algo que me faz sentir realizada e no qual acredito com toda a minha força e empenho!
Sei que um dia mais tarde, quando for bem velhinha, vou poder olhar para trás com vaidade e orgulho... Não vou ter que inventar histórias para contar aos meus netos, pois as histórias vão lá estar... Sem uma vírgula a mais ou um ponto final paragráfo a menos!
Quando for bem velhinha, vou ter uma daquelas cadeiras de repouso, daquelas de baloiço... Já me estou a imaginar, sentada nessa mesma cadeira numa varanda com uma vista interminável... com os miúdos sentados aos meus pés a ouvirem contar todas as minhas histórias!
No fundo, dessa varanda vais estar lá tu... gordinho, barrigudinho... meio careca, porque avô que se preze tem que ser meio careca e de cabelos completamente grisalhos... com os óculos a meio do nariz... a ler um jornal qualquer de desporto...
Estás sentado numa cadeira igual a minha... e em momentos, olho para ti porque sei que estás a olhar para mim, também! Ainda nesse dia vamos partilhar o olhar cúmplice que é nosso desde o nosso primeiro dia...
Vais olhar para mim, orgulhoso do caminho que percorremos, do que construímos e daquilo que sempre acreditamos! E eu vou continuar com aquele olhar de menina tímida e envergonhada, mas que está apaixonada, como no primeiro dia...
Quando for bem velhinha, imagino-te do meu lado deste jeito e imagino a teu lado como te digo agora.... Agora, hoje que é um dia em que estou bem cansada e exausta... mas feliz.... calma e serena!
Que os dias sejam sempre assim e que me possa ver bem lá longe... quando for bem velhinha... nessa varanda, ao final do dia e na cadeira de baloiço!

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